Freitas vota PS?

enfim… é o portugal presente.

artigo no Expresso Online (http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24749200). Podem aproveitar e ler os comentários.

Legislativas de 20 de Fevereiro
Freitas vota PS
 
O fundador do CDS, Freitas do Amaral, apela hoje ao voto no Partido Socialista, enquanto«cidadão independente, que não pertence a nenhum partido», e defende uma maioria absoluta para os socialistas num artigo de opinião publicado pela revista «Visão».
 
«(…) não tenho dúvida em afirmar que, no meu entender, o voto necessário é no PS», lê-se no artigo, onde Freitas do Amaral afirma, ainda, estar a dar a sua opinião «como cidadão independente, que não pertence a nenhum partido, e por isso pode escolher a cada momento o que lhe parece melhor para o País».
 
Aquele que foi o primeiro presidente do CDS e que, em 2002, apoiou o PSD de Durão Barroso escreve: «Faço-o como centrista, que sempre se declarou aberto a alianças quer com o centro-esquerda quer com o centro-direita», e lembra os governos de coligação entre PS e CDS em 1978 e a AD em 1980.
 
«Faço-o também como democrata-cristão (independente)que considera tão importante uma generosa política de justiça social como uma adequada política económico-financeira – e não apenas esta», justifica também.
 
Freitas do Amaral vai mais longe na sua apreciação e escreve que «a melhor solução para Portugal, na presente conjuntura», é o PS de José Sócrates.
 
O político refere, ainda, que para se «participar na principal decisão colectiva» é preciso votar com a cabeça e não com o coração, e neste caso as duas únicas alternativas são, para ele, o PS e o PSD.
 
Em relação ao processo de escolha do voto, Freitas do Amaral aconselha neste artigo que o eleitorado faça um «julgamento político da governação PSD-PP dos últimos três anos».
 
«Em minha opinião, esse julgamento só pode ser negativo», defende o comentador e justifica: «Do ponto de vista estratégico, não avançámos nada nas bases do nosso desenvolvimento; do ponto de vista económico-financeiro, não consolidámos as finanças públicas; do ponto de vista social, não combatemos a pobreza nem diminuímos o fosso entre ricos e pobres (…)».
 
Após uma rápida análise aos programas do PS e PSD, Freitas do Amaral escreve não ter «dúvidas em afirmar que o programa apresentado pelo PS é melhor do que o do PSD».
 
Freitas do Amaral considera igualmente que Sócrates «merece um crédito de confiança por parte do eleitorado» e que Pedro Santana Lopes «demonstrou diariamente [nos últimos quatro meses] que não nasceu para primeiro-ministro».
 
No final do seu artigo, Freitas do Amaral defende, ainda, uma maioria absoluta para o PS, «não como benesse, mas como responsabilidade».
 
«Portanto, e em resumo, o que proponho é: não deixar de votar; votar no PS; e dar-lhe uma maioria absoluta. Tudo o resto servirá apenas para prolongar a agonia de um País que merece melhor sorte», conclui Freitas do Amaral.

10:29  27 Janeiro 2005