afinal esta é que é irreal!?!

Pensava eu que a notícia do Freitas do Amaral era irreal, afinal enganei-me… esta nova notícia do Bagão Félix é que bate aos pontos a anterior em surrealismo… – Fellini não morreu!

“Freitas não tem condições «éticas» para continuar na CGD” diz Bagão Félix

ver artigo na TSF (Sapo):
http://tsf.sapo.pt/online/economia/interior.asp?id_artigo=TSF158349

BAGÃO FÉLIX
Freitas não tem condições «éticas» para continuar na CGD

( 16:54 / 28 de Janeiro 05 )

Visivelmente irritado, o ministro das Finanças voltou a dizer, esta tarde, aos jornalistas que Freitas do Amaral não tem condições «éticas» para continuar na assembleia-geral da CGD. Freitas diz que não tem motivos para abandonar o cargo.

O ministro das Finanças pediu a Freitas do Amaral para renunciar à presidência da CGD, por causa do histórico do CDS-PP ter emitido um parecer contra a transferência do fundo de pensões da CGD para a Caixa de Aposentações.

Estar tarde, à entrada para um reunião da equipa de governo apresentada pelo CDS-PP, Bagão Félix respondeu de forma dura: «Estas questões são muito sérias. Estou a falar como ministro das Finanças e estou a referir-me a uma grave violação ética e deontológica de um presidente de uma assembleia-geral de uma empresa do Estado».

«É preciso que aqueles que julgam dar lições de democracia ao país sejam coerentes. Aqui não há democracia de primeira, segunda ou terceira. O exercício da coerência é um grande exercício democrático», continuou Bagão Félix.

Quanto ao afastamento de Freitas do Amaral da presidência da assembleia-geral da CGD, Bagão Félix mostrou-se desta vez mais cauteloso porque se aproximam as eleições legislativas.

«Eu não quero fazer vítimas porque depois, as vítimas acabam por ser os que beneficiam com estas situações. Este problema está na consciência de Freitas do Amaral. Este é um problema ético e deontológico», conclui o ministro das Finanças.

Freitas diz que «convite» surge por causa de apelo ao voto no PS

Em resposta ao «convite» de Bagão Félix, Freitas do Amaral emitiu uma nota onde «lamenta e estranha que o ministro das finanças só tenha regido hoje contra ele (depois do presidente da assembleia-geral da CGD ter apelado ao voto no PS) quando o parecer contra a transferência do fundo de pensões foi emitido na terça-feira».

Freitas acrescenta que é independente e que para emitir pareceres não pede licença a ninguém. Além disso, o parecer não era contra a Caixa mas sim a favor dos trabalhadores da CGD e, por isso, a favor da instituição.

Freitas não renuncia ao cargo e acrescenta que não é a primeira vez que este Governo persegue os seus adversários.